Huaynaputina
está localizado na Cordilheira dos Andes, ao sul do Peru, e faz parte
do infame Círculo de Fogo do Pacífico. A tradução do seu nome é "vulcão
novo", e essa cratera irregular e imensa, de 1,5 km de diâmetro, formou-se
ao longo do tempo a partir de camadas de lava estratificadas e outros
depósitos. Seu formato atual teve origem durante a erupção cataclísmica
ocorrida em 19 de fevereiro de 1600 — uma das maiores explosões vulcânicas já
presenciadas pela América do Sul. Anteriormente adormecido, o vulcão expeliu
seu lastro mortal de cinzas, rochas e lava derretida durante duas semanas,
quando se estima que cerca de 12 km³ de cinzas foram liberadas na atmosfera.
A
erupção foi precedida e acompanhada por uma série de tremores e terremotos, o
mais intenso dos quais alcançou 8,0 pontos na escala Richter. Eles foram os
responsáveis pelo desaparecimento de áreas extensas de Arequipa, a segunda
maior cidade do Peru, enquanto as lahars (correntes de magma vulcânicas)
engoliram vilas inteiras à medida que percorriam sua descida letal em
direção à costa, localizada a 120 km de distância.
Talvez
o traço mais distintivo da erupção do Huaynaputina tenha sido o seu impacto no
clima global. Estudos recentes realizados por geofísicos dos Estados Unidos
sugeriram que os ventos excepcionalmente fortes que atingiram muitas partes do
Hemisfério Norte nos anos imediatamente subsequentes à erupção foram causados
pela grande quantidade de enxofre liberado na atmosfera. As gotículas de ácido
sulfúrico resultantes dessa liberação agiram como barreiras para a luz do sol,
com a consequente redução das temperaturas.
Não
se sabe ao certo o número de mortes, mas suas consequências indiretas podem ter
feito deste um dos desastres mais letais de todos os tempos.
Atualmente, os cientistas acreditam que as condições climáticas extremas que condenaram uma série de plantações na Rússia no início do século XVI e levaram à onda de fome de 1601 - 1603, períodos no qual milhares de pessoas morreram, foram consequências da erupção do Huaynaputina.
Atualmente, os cientistas acreditam que as condições climáticas extremas que condenaram uma série de plantações na Rússia no início do século XVI e levaram à onda de fome de 1601 - 1603, períodos no qual milhares de pessoas morreram, foram consequências da erupção do Huaynaputina.
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