domingo, 10 de maio de 2015

MESSINA — O TERREMOTO MAIS MORTAL DA HISTÓRIA DA EUROPA

A maior parte das pessoas dormiam quando os tremores tiveram início às 5:21am do dia 28 de dezembro de 1908. A cidade histórica de Messina tremeu violentamente durante aproximadamente 30 segundos. Através dos estreitos da Sicília, a cidade italiana de Reggio di Calabria implodiu em escombros e poeira no mesmo minuto. Enterrados em blocos sufocantes de pedra e gesso irregulares e lançados de suas camas em uma noite fria de inverno, cidadãos chocados mal haviam encontrado vozes para gritar de dor e pedir por socorro quando o tsunami atingiu a cidade. Uma série de três ondas de cerca de 6 metros açoitaram simultaneamente Messina e Reggio, chocando-se através dos estreitos e passando como trovões por ambos os litorais, deixando caos nas vilas e entre os povos. 

Destruição em Messina. Foto datada de 1908.

Em Giampileri Marina, as ondas alcançaram 12 metros. A cidade de Messina simplesmente desapareceu em 90% e 100 mil pessoas morreram instantaneamente.

O primeiro abalo foi medido em 7,5 pontos na escala Richter. Centenas de abalos secundários menores produziram um pesadelo vivido por dois dias. Os cadáveres podiam ser vistos entre pilhas de escombros. Sem uma estrutura civil e nem de comunicação, a ajuda chegou lentamente. O governo de Roma levou cinco dias para organizar o equipamento de suspensão, e a essa altura, meia dúzia de navios do Mediterrâneo trabalhavam em uníssono transportando os feridos para hospitais de Nápoles, Roma e Malta. Suas equipes trabalharam em caráter emergencial, mas os escombros tinham 5 metros de profundidade no centro de Messina. Os últimos sobreviventes, duas crianças famintas, foram desenterradas 18 dias depois. O mesmo aconteceu em Reggio e por todo o litoral. 

Estima-se que o número de mortes supere a casa dos 230 mil. Em Messina, 95 mil pessoas morreram, o equivalente a metade da população.

Curiosidade: A Sicília e a Calábria sofrem tantos tremores de terra que são conhecidas como "la terra ballerina" (a terra bailarina).

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